terça-feira, 6 de novembro de 2012

UMA TERCEIRA VERSÃO DO SIADAP ESTÁ A CHEGAR!



Em 2004 surgiu um novo modelo de avaliação, designado por Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública (SIADAP), através da Lei nº 10 de 22 de Março, cuja regulamentação aconteceu com o Decreto Regulamentar nº 19-A/2004 de 14 de Maio. Passados quatro anos de avaliação, uma segunda versão foi instituída pela Lei nº 66-B/2007 de 28 de Dezembro, a qual introduziu algumas alterações importantes no sistema anteriormente em vigor. Quase nove anos depois da aplicação nos diversos serviços da administração pública portuguesa, está a chegar uma terceira versão do SIADAP.

A proposta do Orçamento do Estado para 2013 foi aprovada, na generalidade, no dia 31 de outubro na Assembleia da República.

Pode consultar esta proposta aqui e conhecer as alterações previstas ao SIADAP. Abaixo se indicam algumas mudanças que a nova versão contempla:

ü  O ciclo de avaliação dos dirigentes intermédios é de 3 anos e o dos trabalhadores é de 2 anos em detrimento do ciclo de avaliação anual;

ü  O desempenho dos dirigentes superiores e intermédios é objeto de monitorização intercalar, cujo período corresponde ao ano civil.

ü  A autoavaliação é facultativa em detrimento da autoavaliação obrigatória.

ü  São revogados alguns efeitos da avaliação de excelente ou relevante no desempenho individual, particularmente o direito ao gozo de mais cinco e três dias de férias, respetivamente.

ü  Os vogais representantes da Administração e dos trabalhadores são eleitos, pelo período de quatro anos, em vez de dois anos, na Comissão Paritária.

Somos de opinião que o executivo deveria ter ido mais longe nesta reformulação do SIADAP. Colocamos algumas dúvidas quanto à melhoria da qualidade do sistema de avaliação com estas alterações.

Após a experiência de aproximadamente nove anos de aplicação do sistema de avaliação, em nossa opinião, três grandes questões se colocam:

  1. Conseguirá o governo simplificar o processo e diminuir a carga burocrática sentida por muitos?
  2. Conseguir-se-á utilizar esta ferramenta de gestão na sua plenitude de modo a considerá-la uma mais-valia para as organizações públicas?
  3. As constantes políticas de austeridade e consequentes constrangimentos orçamentais na administração pública poderão influenciar negativamente a motivação dos intervenientes no processo de avaliação, provocando a erosão do sistema e sérios impactos na gestão das pessoas?

Se pretender emitir uma opinião e/ou partilhar uma dúvida sobre esta temática poderá fazê-lo para: orlandoserranoue@gmail.com.

Se for avaliador, avaliado, dirigente máximo, membro de Conselho Coordenador da Avaliação, investigador, estudante e desejar consultar a dissertação e artigos produzidos sobre o SIADAP, abra esta hiperligação: https://sites.google.com/site/orlandoserranosiadap/     




 

 

 

 

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